Apresentação

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Mariposas ao redor
De Minas ao espaço.
Nas ruazinhas de pedras antigas, nas escadinhas da antiga igreja ou pousadas ao chão.
Elas saltam das montanhas revelando seres no profundo verde dos campos.
Mariposas ruivas, raivosas, de rua, de relva... flores negras que desabrocham ao entardecer.
Quarenta e quatro mariposas voando raso − provocantes e convidativas.
Lembro de ter perdido o fôlego tentando seguir o rastro delas. Tentando descobrir para e até onde elas iriam. (Onde estará o mapa?)
Tentando desvendar
porque os belos versos
desenhados por elas no ar
parecem sempre terminar
em curvas.
Cheguei tão perto! A ponto de sentir o hálito. Um “hálito de carinho”, como bem disse o poeta.
E diga-se de passagem, as mariposas  são estrelas ou satélites imaginários na pele do universo, tatuagens.
Mas por não mais poder segui-las, na noite tão noite quanto o escuro reluzente em passos, tratei de deixá-las partir. 

E elas se foram.
Não de mim,
mas
dos
meus
olhos.
Bon Voyage!